segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Sobre profissões: Psicologia!



Olá, pessoas! Hoje eu estou aqui para falar um pouco sobre o meu curso e como lido com as questões que surgem no meu dia-a-dia na faculdade. Estou cursando atualmente o nono semestre do curso de Psicologia, e tem sido uma experiência maravilhosa!

Existem algumas questões que sempre me fazem quando digo que vou me formar em Psicologia: “É legal entender a mente humana?” “Você tá lendo meus pensamentos agora?” “É difícil conciliar a vida de ‘crente’ com o curso?”. Bem, vamos respondendo uma a uma.


(Não, isso não é um tridente! É a letra PSI do alfabeto grego, símbolo muito utilizado para caracterizar a Psicologia :D)


Primeiramente, é válido ressaltar que nós não “entendemos a mente humana”. No curso de Psicologia nós estudamos basicamente o comportamento humano. Dentro de diversas abordagens vistas durante o curso, sempre voltamos para o objeto de estudo principal: o ser humano. Porém isso não nos torna mestres na decifração da mente humana (e isso já responde a segunda pergunta mais comum), pelo contrário! Quando estudamos os comportamentos de cada um, determinados tipos de condutas e personalidades, percebemos ainda mais que o ser humano é um bicho muito complexo! Não creio que existirá uma ciência capaz de abranger tal complexidade por completo. E é disso que se trata a Psicologia, de uma ciência e não de um tipo de ocultismo místico.

E por último a pergunta mais complicada e que comecei a receber muito ultimamente, vida ministerial X vida acadêmica. Como disse acima, a Psicologia é uma ciência, e como tal, não tolera nenhum tipo de concepção religiosa ou mística para determinar qualquer tipo de conceito. Se você é um daqueles tipos de cristão que não tolera ouvir alguém dizendo que o homem veio do macaco e que Deus não teve nada a ver com esse negócio, eis que te digo que esse curso não é pra você!

Durante esses quatro anos que estive na faculdade fui muito confrontada por ser cristã, nem sempre diretamente, mas sempre ouvi coisas do tipo “Deus não existe, é uma invenção do homem”, “A evolução humana é comprovada, isso torna a bíblia desacreditada”, “Religião é uma válvula de escape”, dentre outras frases prontas que sempre escutamos por aí... Algumas vezes tive o impulso de responder, de me chatear, mas confesso que na maioria esmagadora das vezes, eu apenas fingi que não ouvi. Se formos levar em consideração cada palavra proferida por professores que muitas vezes têm um conhecimento supérfulo da bíblia, ou até mesmo nenhum, e são firmados em teorias arcaicas e infundadas sobre a palavra de Deus, com certeza iremos ficar malucos! O melhor a se fazer nesses casos é pedir muita sabedoria e discernimento a Deus, para que tais palavras não criem raízes de dúvida em nossos corações e para que isso não desperte desprezo ou ira por essas pessoas. Em alguns momentos eu realmente me calava, porque percebia que alguns professores faziam essas provocações apenas pra tirar os “crentes” do sério, mas em outros eu sentia o Espírito Santo falando comigo “Vai, fala um pouquinho do amor de Deus, fala que não é bem assim!”, e eu falava. Se fui ouvida? Na maioria das vezes sim. Se isso mudou a vida de algum deles? Eu não sei, mas sei que fiz o que Deus me direcionava a fazer.

A Psicologia é linda. E quando estamos conscientes do papel de Deus dentro dessa ciência tão fantástica, tudo fica mais lindo ainda. Mas é preciso tomar cuidado para não inverter os papéis. Se você deseja ser um psicólogo, é preciso saber que a ética vem antes de qualquer outra coisa. Ao receber a carteirinha do Conselho Regional de Psicologia, você não está representando apenas você, mas toda uma classe, e existem regras específicas quanto ao uso das técnicas e da influência religiosa para com o paciente. Se você deseja fazer esse curso para aperfeiçoar seu ministério, mas não quer ser um profissional em Psicologia, amém por isso! Se capacite para ser um aconselhador melhor! Mas não se entitule como psicólogo seguindo técnicas criadas por você mesmo. Se você realmente deseja ser um profissional e sabe que tem a capacidade para separar o conselheiro espiritual do psicólogo (o que não é NADA fácil), então vá em frente! Que você tenha muito sucesso seguindo essa profissão.

Espero ter esclarecido alguma coisa aqui! Perdão pelo tamanho enorme do texto, porém é um assunto muito amplo e juro que tentei reduzir ao máximo! Caso ainda tenham alguma pergunta ou dúvida, podem perguntar nos comentários e eu irei responder, ou então por inbox na nossa página!

Deus abençoe!

Mariana Melo

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